domingo, 3 de fevereiro de 2013

Viver o Tempo Comum no Ano da Fé


Terminámos os dias da comemoração do Mistério da Encarnação do Filho de Deus, entramos agora num novo tempo litúrgico – o Tempo Comum - no qual a Igreja não celebra um acontecimento específico da vida de Jesus, mas o todo do seu Mistério e a “Igreja está chamada a continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino” (CNBB – Documento 43, 132).
Tempo Comum é um período do Ano Litúrgico de trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade, os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos Domingos. Começa agora, se interrompe na quarta-feira de Cinzas e se retoma depois do Pentecostes e termina com a Solenidade de Cristo Rei do Universo. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.
Diz o Catecismo da Igreja Católica “O Ano Litúrgico é o desenrolar dos diferentes aspectos do único Mistério Pascal. Isto vale particularmente para o ciclo das Festas em torno do Mistério da Encarnação (Anunciação, Natal, Epifania), que comemoram o princípio da nossa salvação e nos comunicam as primícias do Mistério da Páscoa”. O Ano Litúrgico Celebra todo o Mistério de Cristo, da Encarnação até à sua vinda gloriosa. “Nos dias estabeleci-dos, a Igreja venera com especial amor a bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e também faz memória dos Santos, que sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados” (CIC, 1171,1172, 1173). É tempo de caminhar com Cristo presente no meio de nós e com Ele trabalhar nas obras da fé, isto é, trabalhar nas obras de Deus. Esse tempo recorda-nos toda a actividade de Jesus caminhando nas terras da Palestina pregando o Reino de Deus. Naquele tempo caminhou com Pedro e seus companheiros; hoje, depois da Ascensão caminha com os discípulos de todo o Mundo, com to-dos aqueles que O procuram de coração sincero. Ele está presente mas só descobrem a sua presença aqueles que se deixam conduzir pelo seu Espírito. E a isto é que chamamos vida cristã. Viver segundo o espírito de Cristo. Pois ninguém pode dizer que Cristo é Senhor se não for pela acção do Espírito Santo.
“A virtude de esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus co-locou no coração de todo o homem; assume as esperanças que inspiram as actividades dos homens, purifica-as e ordena-as para o Reino dos céus; protege contra o desânimo; sustenta no abatimento, dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O ânimo que a esperança dá pre-serva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade” (CIC, 1818). A espe-rança torna-se assim, uma força motriz para acção, juntamente com a fé, pois como disse o Apóstolo, a fé sem obras está completamente morta. Irmãos para que se manifeste a nossa fé.
                                                                                                                                     O Pároco

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